No coração pulsante do Carnaval, onde a música ecoa como um chamado ancestral e as cores dançam sob o céu em um espetáculo de alegria, há uma história profunda, entrelaçada com os fios do divino e do humano, que aguarda ser desvelada. Este não é apenas um tempo de festa; é um período que nos convida a mergulhar nas águas profundas da nossa existência espiritual.
Desde as antigas celebrações em honra a Saturno, o deus romano da agricultura, até as vibrantes procissões em louvor a Dionísio, o deus grego do vinho e do êxtase, o Carnaval se revela como uma tapeçaria rica em mitos e rituais. Essas festas, marcadas pelo abandono às delícias terrenas e pela suspensão das ordens sociais, não eram meramente ocasiões de regozijo; eram expressões profundas de gratidão e reconhecimento às divindades que regiam a natureza e o ciclo da vida.
A transição dessa celebração pagã para o calendário cristão, marcando o período que antecede a Quaresma, é um testemunho fascinante do sincretismo cultural e espiritual. O “carnelevarium”, que traduz a ideia de se despedir da carne, simboliza a preparação para um tempo de introspecção e renovação, onde os excessos dão lugar à reflexão e à purificação.
Mas, o que isso significa para nós, no turbilhão de confetes e serpentinas?
Em meio à folia, é essencial recordar que o Carnaval, em sua essência, carrega um convite à transformação. Ele nos desafia a olhar além do véu da matéria, a dançar no ritmo do espírito e a celebrar a vida em toda a sua plenitude, reconhecendo nossas sombras e luzes. Este é um momento para honrar não apenas as divindades antigas, mas também a divindade que reside em cada um de nós.
No entanto, a festa também nos adverte sobre os perigos dos excessos. Assim como os antigos pagãos buscavam o equilíbrio entre o celebração e a reverência, nós somos chamados a cuidar da nossa saúde espiritual. Na tradição da Umbanda, por exemplo, enfatiza-se a importância de manter práticas de proteção e purificação, como os banhos de ervas e a vigília dos pensamentos, para nos resguardarmos das influências energéticas densas que podem se manifestar nesse período.
O Carnaval, portanto, não é apenas um escape da realidade, mas um portal para uma compreensão mais profunda do nosso ser. Ele nos convida a mergulhar nas profundezas de nossa alma, a nos reconectarmos com o sagrado dentro de nós e a celebrar a vida com consciência e alegria.
Assim, enquanto nos entregamos à dança da vida, que possamos fazer do Carnaval um momento de verdadeira conexão espiritual, lembrando que cada passo na avenida pode ser um passo em direção ao nosso crescimento e iluminação.
Celebre, dance, ame – mas faça-o com o coração aberto e a alma ancorada na luz, para que, mesmo em meio aos festejos, possamos manter o equilíbrio e a harmonia em nosso ser. Que este Carnaval seja uma jornada de alegria, descoberta e transformação espiritual.
CUIDADOS ESPIRITUAIS
Enquanto nos divertirmos nesse período de alegria, é importante lembrar dos cuidados com nossa saúde espiritual. Durante o Carnaval, é fácil ceder às paixões e excessos e perder-se na agitação dos desejos carnais. Por isso, é crucial manter a serenidade e buscar proteção espiritual para desfrutarmos da festa com segurança e alegria.
Na Umbanda, os médiuns são orientados a manter suas firmezas em dia, vela do anjo da guarda acesa, banhos recorrentes de ervas e vigília dos pensamentos, pois acredita-se que durante o carnaval, devido aos excessos de consumo de álcool, libertinagem e luxúria diversas entidades de frequência energética baixa e densa estiverem “à solta” formando uma egrégora negativa que pode afetar pessoas mais sensíveis a essa mudança de frequência energética.
RITUAL DE PROTEÇÃO
- Vela do Anjo da Guarda Pessoal. Proteção número 1. Acenda pelo menos 1x na semana sempre no mesmo dia da semana e no mesmo horário com um copo de água ao lado. Troque a água a cada vez que acender.
- Banho de Defesa. Vai sair mesmo? Tem certeza. Vai protegida com um banho de ervas de Manjericão, Espada de São Jorge, Alecrim, Levante e Quebra Demanda. (pelo menos 3 dessas ervas)
- Vaso com sal grosso e carvão na porta de casa
- Defumação de Limpeza: Alecrim, Arruda e Alfazema
- Banho de Limpeza: Guiné, Arruda, Rosa Branca, Alecrim e Manjericão (pelo menos 3)
- Oferenda para Exú: Padê de míudos com farinha de mandioca no dendê. Bebida Gin, Cachaça ou Whisky. 1 vela branca e 1 charuto.
Espero que esses rituais ajudem você a desfrutar da festa e do pós-festa com mais tranquilidade e segurança.
Lembre-se, a verdadeira alegria vem de dentro, por isso, é importante encontrar um momento de paz e reflexão durante esse período para ativar não apenas seus cinco sentidos, mas também seu sexto, o qual irá realinhar sua vida ao seu propósito.
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Namastê Axé!